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7ª Conferência Estadual Espírita (2005)

Na segunda-feira foi Londrina. Na terça-feira foi Maringá. Na quarta, Ponta Grossa. Quinta, Paranaguá.

Na sexta-feira foi a vez de Curitiba receber Divaldo Pereira Franco para a VII Conferência Estadual Espírita, para juntamente com Raul Teixeira e Cosme Massi, formar a tríade de conferencistas convidados para explorar o tema do evento: A justiça do Amor de Deus – evocando os 140 anos do livro O Céu e o Inferno.

Nos dias 8, 9 e 10 de abril, o Ginásio do Círculo Militar do Paraná foi local de mais de uma oportunidade de ter contato com as palavras elucidativas de três grandes exemplos de amor pela Doutrina Espírita, e ainda reencontrar os amigos do Movimento Espírita estadual e nacional.

O evento teve início na sexta-feira à noite com as boas vindas através de canções apresentadas pelos músicos Lucia Salamone, Ricardo Ribeiro, Ruba Pasinato e Sandro Ovsiany. Logo em seguida, Maria Helena Marcon, presidente da Federação Espírita do Paraná (FEP), Francisco Ferraz Batista, 1º vice-presidente e Luiz Henrique da Silva, 2º vice-presidente, promoveram a abertura da Conferência.

Raul Teixeira fez a conferência de abertura sobre as quatro forças da natureza – a força da gravidade, o eletromagnetismo, a força nuclear dos átomos e o poder da vontade.

No sábado à tarde, foi a vez de Cosme Massi estrear sua participação nas Conferências Estaduais Espíritas, em seminário sobre o tema O Céu e o Inferno á luz da filosofia. Cosme comparou alguns conceitos da Doutrina Espírita sobre o céu e o inferno, com outros das diferentes doutrinas espiritualistas, a fim de melhor entender de que forma o raciocínio filosófico-racional apoia as concepções espíritas da dinâmica da vida no mundo espiritual.

Em seguida, Raul Teixeira realizou seminário sobre A Justiça Divina e a consciência humana, chamando a atenção para a necessidade de um estudo contínuo da obra O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, que comemora, neste ano, 140 anos de publicação. Isso permitiria, segundo Raul, que os espíritas tivessem maior discernimento e clareza sobre a justiça Divina, sem os sincretismos que muitos realizam ao misturar arquétipos de outras religiões às ideias espíritas, em prejuízo da compreensão correta.

Dar-se conta de quem sou e do que estou fazendo, é estar no exercício da minha consciência, afirmou Raul, convocando à reflexão de que todos estaremos de volta para viver no ambiente que plantamos. Se tivéssemos mais bem trabalhada esta noção de quem somos e do que estamos fazendo, não estaríamos repetindo equívocos há tanto tempo, enfatizou.

Divaldo Franco, no sábado à noite, iniciou sua conferência abordando o materialismo na modernidade, com o surgimento da liberdade da Ciência e da Filosofia, algumas posturas pessimistas que preconizaram uma vida sem sentido, como Nietzsche, Schopenhauer, Heidegger e Sartre. Logo mais, falou, emocionado, sobre o Amor de Deus, da sinfonia de bênçãos que é a vida.

Contou a história de Nair, a irmã que Divaldo mais amava na infância, e sua trajetória de vida até o momento do suicídio, por ingestão de veneno. Décadas depois, sua mãe, desencarnada, anuncia o retorno da irmãzinha querida, que reencarnaria trazendo no corpo as marcas da Justiça, e o Amor para se recuperar perante as Leis Divinas.

Em seu seminário na manhã de domingo, intitulado Código penal da vida futura, Divaldo explorou com mais detalhes as nuances e manifestações do amor.

O público que compareceu ao evento teve a oportunidade de observar a grande alegria que cada conferencista manifestava por estar desempenhando a tarefa de divulgação do Espiritismo. Embora a extensa agenda de compromissos profissionais e doutrinários que cada um desenvolve, em momento algum demonstraram cansaço, atendendo sempre com disposição e paciência às pessoas que se acercavam para um autógrafo ou um cumprimento.

Mônica Flores, de Curitiba (PR), assistiu à Conferência Estadual Espírita pela primeira vez e conta que as palestras despertaram o seu interesse pela obra O Céu e o Inferno e o desejo de aprender mais sobre o Espiritismo. Percebi a importância de manter o pensamento otimista, pois isso se reflete no bom funcionamento do organismo e na melhoria da qualidade do ambiente em que eu estiver. Os exemplos de amor e de resignação narrados em algumas palestras me deram um novo ânimo para enfrentar os problemas, avaliou, após o encerramento.

Muita gente veio de longe para participar do evento. Neste ano, a presença de espíritas de outros Estados também foi expressiva.

Alguns niteroienses apaixonados por Curitiba nos fizeram excelentes recomendações da cidade e dos eventos promovidos pela FEP. Gostamos muito das conferências, da organização, do ambiente… Nosso retorno foi muito feliz, com a bagagem renovada pelos estudos, pelas reflexões, pelo envolvimento sentido em cada dia do evento, afirma Elizabeth Guimarães, empolgada, ao lado do marido Maurício Santos. O casal viajou de Niterói (RJ) para assistir a Conferência e, nos intervalos, ajudar como voluntários no estande da Editora Fráter.

Ao encerramento do evento, o Espírito Bezerra de Menezes, através da Psicofonia de Divaldo Franco, contagiou a todos com mensagem estimulante à ação no bem, comovendo e imantando as mentes com palavras carregadas de vibrações de amor.

O Espiritismo Iluminativo

O Espiritismo não é apenas o Sol da nova era. É o Cristo de Deus, descendo até nós, para nos alçar aos cumes da montanha da sublimação evangélica.

Toda ascensão é feita de sacrifício e está assinalada pela dificuldade.

Não ignoramos, nós outros, vossos guias espirituais, os vossos sofrimentos e as vossas dificuldades.

Suplicais socorros, muitas vezes, na expectativa de que vos apresentemos soluções mágicas, ou retiremos o fardo das aflições de sobre os vossos ombros.

Acompanhamos a vossa jornada de sublimação, assinalada por defecções e angústias, por sorrisos e aspirações do bom e do belo e envolvemos-vos em dúlcidas vibrações de paz.

Ainda não somos os querubins em que um dia conseguiremos transformar-nos. Somos apenas vossos companheiros de jornada, cireneus que conhecemos o caminho que percorreis.

Atravessamos, oportunamente, a mesma senda. Semeamos calhaus e colhemos pedrouços, e temos as mãos em chagas à charrua do dever.

Por isso, filhos d’alma, não podemos realizar as vossas tarefas, mas partilhamos dos vossos esforços, solidários à vossa dor e afáveis às vossas preces ao Amigo de todos nós.

Prossegui, com os joelhos desconjuntados, as carnes dilaceradas, porque tudo isso tem breve duração, a fim de que o Espírito que sois, esplenda de luz no momento em que superardes o casulo carnal e planardes na Pátria da plenitude.

Não desfaleçais na luta!

Ajuntai onde todos ou quase todos pensam em separar. Uni-vos para vos sustentardes uns aos outros.

…E amando, cantai o hino da caridade desfraldado pelo eminente Codificador do Espiritismo.

Vossos guias espirituais velam por vós em nome de Jesus. Vossos amigos que se responsabilizaram pela vossa tarefa, na condição de fiadores amorosos, assistem-vos.

Não duvideis.

E quando, em um momento ou outro, vos sentirdes dominados pela solidão, fazei silêncio íntimo e os escutareis.

Tereis oportunidade de senti-los, recebereis o alento para prosseguirdes, restabelecereis as forças e a coragem, tendo em mente que além deles, vossos guias, o Amor de Jesus, o Sublime Governador do planeta terrestre em transição, estará convosco até o fim dos tempos.

Ide e amai!

Relevai ofensas e ingratidões, cantando o hino dos mártires da fé e agindo como obreiros da última hora que sois, na Seara da Verdade.

Que o Senhor da Vida a todos nos abençoe!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra.

Muita paz, meus filhos!

Mensagem psicofônica do Espírito Bezerra de Menezes, através
da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, no encerramento da
VII Conferência Estadual Espírita, no dia 10/04/2005, em Curitiba, Paraná.
Revista pelo Autor espiritual.
(extraído do jornal Mundo Espírita nº 1450, de maio/2005, páginas 6 e 7)